Conta-gotas.

Marilyn secando os cachos.

 

* Fui ver o filme “Sete dias com Marilyn”  e mergulhei na história.  Certos filmes fazem eco dentro da gente, mesmo quando não temos 1 décimo do glamour retratado neles.

* Preciso me acostumar a dormir cedo. Não há condições de fazer qualquer atividade física com um corpo que pede cama. E preciso fazer atividade física. Mas a mente ainda não se convenceu, apesar de saber.

* Eu tento – e até consigo – conviver com o sistema de pessoas de vida ‘normal’.  Mas minha tribo é aquela que dança, que canta, que  tem no palco seu porto seguro. Ontem eu estive com eles, brindando o fim do dia e o início da noite ao som das notas orientais. E ainda teve uma lua linda…

* Tem um lugar nessa terra que se chama ‘Vale dos Vinhedos’, e fica na serra. Sabe a história de um paraíso chamado Xangri-lá? Então. tenho certeza de que foi escrita ali.

* Tem um livro que eu adoro e que diz que as amizades são conexões imperfeitas. E não é que é isso mesmo?

* Facebook é pior que novela, porque aliena mais. As pessoas passam a fazer coisas pra depois ter o que dizer por lá. Tiram fotos pensando em postar lá. Enchem o saco dando satisfação do que fazem da vida, onde estão, o que comem e o que vão fazer daqui a dois minutos. Como se mundo quisesse saber.  Coisa jeca.  Fica aquele numerozinho aparecendo, na janela minimizada, dizendo que tem atualização pra você.  Atrapalha todo o meu trabalho no Word. Saco.

* Estou sendo irônica no item acima. 😉

* Informação que tive numa aula sobre vinhos e espumantes : quando mais e menores bolhas tiverem o seu espumante, de melhor qualidade ele será.

* Eu não deveria, mas ainda me chateio essa coisa de gente dizer que é minha amiga mas não me responde quando eu chamo. Elas pensam que eu não percebo a sua falta de atenção. Só porque eu sorrio para elas. Sou uma besta mesmo.

* Julguem-me, mas eu adoro a Madonna, por ‘n’ motivos. Mas este último cd… tsc, tsc, tsc…. Ela está ficando preguiçosa.

* Hoje eu tive um sonho no qual para sair de uma casa eu precisava caminhar por espumas bem altas (era booom…) e o meu carro cabia na minha mão.  Um garoto de seus 12, 13 anos abria o portão de madeira para eu sair dessa casa. E eu ranhetava com ele. Significa?

* Aliás, já é a segunda vez que sonho com casa em 4 dias. Olha o meu ego falando com o meu inconsciente.

 

Agora deu. Vou lá ver o que a vida quer.

 

 

A grama do vizinho

Por Martha Medeiros

 

Ao amadurecer, descobrimos que a grama do vizinho não é mais verde coisíssima nenhuma.
Estamos todos no mesmo barco.
Há no ar certo queixume sem razões muito claras. Converso com mulheres que estão entre os 40 e 50 anos, todas com profissão, marido, filhos, saúde, e ainda assim elas trazem dentro delas um não-sei-o-quê perturbador, algo que as incomoda, mesmo estando tudo bem.
De onde vem isso? Anos atrás, a cantora Marina Lima compôs com o seu irmão, o poeta Antonio Cícero, uma música que dizia:  “Eu espero/ acontecimentos/ só que quando anoitece/ é festa no outro apartamento”.

Passei minha adolescência com esta sensação: a de que algo muito animado estava acontecendo em algum lugar para o qual eu não tinha convite. É uma das características da juventude: considerar-se deslocado e impedido de ser feliz como os outros são, ou aparentam ser. Só que chega uma hora em que é preciso deixar de ficar tão ligada na grama do vizinho.

As festas em outros apartamentos são fruto da nossa imaginação, que é infectada por falsos holofotes, falsos sorrisos e falsas notícias. Os notáveis alardeiam muito suas vitórias, mas falam pouco das suas angústias, revelam pouco suas aflições, não dão bandeira das suas fraquezas, então fica parecendo que todos estão comemorando grandes paixões e fortunas, quando na verdade a festa lá fora não está tão animada assim. Ao amadurecer, descobrimos que a grama do vizinho não é mais verde coisíssima nenhuma. Estamos todos no mesmo barco, com motivos pra dançar pela sala e também motivos pra se refugiar no escuro, alternadamente.

Só que os motivos pra se refugiar no escuro raramente são divulgados.
Pra consumo externo, todos são belos, sexys, lúcidos, íntegros, ricos, sedutores.
“Nunca conheci quem tivesse levado porrada/ todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo”.
Fernando Pessoa também já se sentiu abafado pela perfeição alheia, e olha que na época em que ele escreveu estes versos não havia esta overdose de revistas que há hoje, vendendo um mundo de faz-de-conta. Nesta era de exaltação de celebridades – reais e inventadas – fica difícil mesmo achar que a vida da gente tem graça. Mas, tem. Paz interior, amigos leais, nossas músicas, livros, fantasias, desilusões e recomeços, tudo isso vale ser incluído na nossa biografia. Ou será que é tão divertido passar dois dias na Ilha de Caras fotografando junto a todos os produtos dos patrocinadores? Compensa passar a vida comendo alface para ter o corpo que a profissão de modelo exige? Será tão gratificante ter um paparazzo na sua cola cada vez que você sai de casa? Estarão mesmo todos realizando um milhão de coisas interessantes enquanto só você está sentada no sofá pintando as unhas do pé? Favor não confundir uma vida sensacional com uma vida sensacionalista.

As melhores festas acontecem dentro do nosso próprio apartamento

***

 

Sim, gosto do que a Martha escreve, e sim, me identifico pacas. E acho que não estou sozinha.

Casamento

De Adélia Prado

Há mulheres que dizem:

Meu marido, se quiser pescar, pesque,

mas que limpe os peixes.

Eu não. A qualquer hora da noite me levanto,

ajudo a escamar, abrir, retalhar e salgar.

É tão bom, só a gente sozinhos na cozinha,

de vez em quando os cotovelos se esbarram,

ele fala coisas como “este foi difícil”

“prateou no ar dando rabanadas”

e faz o gesto com a mão.

O silêncio de quando nos vimos a primeira vez

atravessa a cozinha como um rio profundo.

Por fim, os peixes na travessa,

vamos dormir.

Coisas prateadas espocam:

somos noivo e noiva.

Vi no Rainhas do Lar e achei lindinho (não tinha como deixar de trazer a mesma foto, mais adequada, impossível)…. Pra vcs, casados e solteiros.

Não consegue cumprir as promessas de ano novo?

Vi no Chongas.

“A culpa é da dopamina, dizem os especialistas. O neurotransmissor, relacionado à sensação de bem-estar no cérebro, é liberado sempre que a pessoa faz compras, fuma ou come guloseimas. Isso atrapalha os planos de longo prazo, aqueles cuja recompensa virá só depois de sacrifícios, como dieta ou alguns meses na academia.”

Fonte: Folha Uol

Pronto, agora a gente já tem em quem botar a culpa.


Novos tempos, velhos ditados.

Em tempos onde praticamente tudo o acontece está registrado no mundo multifacetado do www , velhos ditados são adaptados e reencaixados em prol da boa convivência virtual…

A pressa é inimiga da conexão.

Amigos, amigos, senhas à parte.

Antes só, do que em chats aborrecidos.

A arquivo dado não se olha o formato.

Diga-me que chat freqüentas e te direi quem és.

Para bom provedor uma senha basta.

Não adianta chorar sobre arquivo deletado.

Em terra off-line, quem tem um 486 é rei.

Mais vale um arquivo no HD do que dois baixando.

Mouse sujo se limpa em casa.

Melhor prevenir do que formatar.

Quando um não quer, dois não teclam.

Quem ama um 486, Pentium 5 lhe parece.

Quem clica seus males multiplica.

Quem envia o que quer, recebe o que não quer.

Quem não tem banda larga, caça com dial-up.

Quem semeia e-mails, colhe spams.

Vão-se os arquivos, ficam os back-ups.

Uma impressora disse para outra: “Essa folha é sua ou é impressão minha?”.

O problema do computador é o USB (Usuário Super Burro).

Na informática nada se perde nada se cria. Tudo se copia… E depois se cola.

(recebido por e mail da Lidinha, pupila da dança)

Correndo

Viagem marcada, encomendas a providenciar, mudança a fazer, pendências a serem resolvidas, mas a esperança no coração, sempre.

Tá corrido, mas tá bom. O problema é que me deixa sem tempo e inspiração para falar com vocês aqui. Não curto ficar colocando apenas post de foto ou vídeo, sem uma reflexão, um “achismo’ (rs). Tenho alguns assuntinhos pra tratar aqui, mas preciso de pausa pra pensar na escrita dos mesmos.

Em breve escreverei de terras paulistas. Aguardem. Juro que farei o possível para não os deixar esperando muito,

bjks.

 

Extremos

Eo calor já chegou em “Forno” Alegre.  Essa terra é uma terra de extremos. Fica no extremo sul do país, no verão o calor é extremo e no inverno, o frio também é extremo. A comida é um extremo de fartura. O povo é extremo de bonito. Tudo tão contrastante com o que já vivi, tão diferente… De todos os lugares em que já morei, este é o mais peculiar, pelo menos até agora. Certos aspectos do Sul só se entende vivendo aqui e se vc conhecer um tiquim da história, fica ainda mais fácil identificar as coisas (ah…Um jeito muito gostoso de saber o porque comportamental do sulista é lendo a obra “O tempo e o Vento”, de Erico Veríssimo).

É bom ser cidadã do mundo.

Rapidinhas.

(Porque hoje a inspíração foi passear na China.)

– ‘Guento mais receber email encaminhado falando dos podres do Serra e da Dilma. Aliás, odeio e mail encaminhado, raramente abro.

– Falando em eleições façamos assim: eu voto em quem eu acredito e vc vota em quem acredita e eu continuo gostando de vc e vc de mim, tcherto, belo?

– Paul  Mc Cartney vai estar aqui em POA em novembro. Queria ir, mas tenho receio de voltar triste. Sinto uma vibe meio decadente nesse show. Será?

– Fiz as contas e acabo de constatar que tenho 14  livros para terminar de ler. É assim, compro livros, começo a ler e paro. Síndrome da falta de continuidade.

– O canal Viva (da Globo, via Sky/NET) está reprisando a novela Vale Tudo, de 87. Nostalgia da boa. Percebo que Odete Roitmman precedeu todos os vilões novelísticos. Regina Duarte já tinha cara das “Helenas” de Manoel Carlos. E a franjinha da Lídia Brondi era muito feia (mas mesmo assim eu fui lá e cortei igual).

– Falando em reprise, o mesmo canal  está passando “Engraçadinha” e a pergunta que não cala dentro da minha cabeça é: Nonde que Alessandra Negrini cresce e vira Cláudia Raia? Tem estrutura pra isso não!

Licença que agora vou lá, entregar a minha cabeça ao Super Claudio que vai dar um jeito nos fios brancos que surgem, do nada, nessa minha vasta cabelereira castanha. Voltarei mais nova e faceira. Ah, a indústria cosmética…

E o Twitter, te pegou?

Já repararam que tudo que existe na vida real da sociedade tem sua correspondência no mundo virtual? Pessoas, empresas, eventos, todos agora tem o seu www ou http:// . Está tudo se adaptando aos moldes da websfera, inclusive os ditos populares, como a  expressão “um passarinho me contou” .   Pois hoje, de fato,  esse passarinho existe, é azul e se chama Twitter.

Fiz um Twitter há 1 ano, mas só recentemente comecei a usá-lo de forma mais ‘assídua’ (pero no mucho).Acho meio boboca essa coisa de ter que ficar dando satisfação do que está fazendo (ex: agora eu vou jantar a sopa de feijão que a minha mãe fez!), ou ficar digitando frases subjetivas demais, verdadeiros enigmas, muitas vezes indireta para alguém que, com certeza, vai ler mas não vai entender.  Além disso,  tenho uma certa dificuldade pra expressar em 140 caracteres o que estou sentindo, achando, pensando, concluindo. Eu sou blogueira, meu negócio é escrever texto, com caracteres ilimitados. Coisa de gente “espaçosa”.

Mas o Twitter tem umas coisas bem interessantes. Dependendo de quem vc segue, pode ficar sabendo das notícias praticamente na hora em que acontecem,  ter indicações de shows, livros ou filmes legais (ou a contra-indicação dos mesmos também), compartilhar um pensamento com alguém, trocar uma ideia. E dar risada.  Sim , porque há criaturinhas que tem o dom de serem engraçadas naquele pequeno espaço. Até quando não querem ser. Ou quando ousam falar com propriedade daquilo que não manjam nada (vide @angbismarchi no dia do debate entre os candidatos à presidência deste país).

Aliás, falando das “celebridadjes“, é preciso dizer que alguns deles twitam coisas muito boas e vale a pena dar um “follow” nesses.  Léo Jaime e Lobão são dois que sigo. Marcelo Tas (do CQC) é outro. Millôr Fernandes  é imprescindível. Tenho o Bonner também na lista, mas ele é meio quietão. Em compensação, há quem use o Twitter como relatório de sua agitada vida social, como essas moças avantajadas corporalmente e com nome de fruta, ex-BBBs, modeletes, aspirantes a ator de Malhação e similares. Seguir esses “famosos” é pedir para ser  bonbardeado por informações tão importantes quanto saber que estrela do mar não tem cérebro.

Mas sempre aparece alguém com alguma coisa que merece ser compartilhada com o mundo, seja pela inteligência, sensibilidade, constatação pertinente ou humor. Como esses twitts que encontrei no dia de hoje:

– “Não adianta discutir aborto agora. Os políticos já nasceram mesmo…” , por @kibeloco

– “Café com adoçante é a prova de que a nossa sociedade vai num rumo muito errado.’ , por @cozinhapequena

– “Sem essa, ô meu! Eu não cheguei até aqui na escala animal pra ser incorruptível”, por @millorfernandes

– “Por que a vida para uns é uma foto 3X4 e para outros uma superprodução em 70 mm?”, por @mafaldadequino

– “119 mi da Mega-Sena já cria problemas. Valor = 9 vezes orçamento anual da cidade do ganhador, que vai viver rodeado de seguranças”, por @marcelotas

– “Não importa o que você diga: sempre alguém vai entender algo absolutamente diferente do que você quis dizer.”, por @LeoJaime

E por ai afora.

Eu não twitto muito, mas se o faço, é geralmente de noite, quando os acontecimentos do dia estão se assentando na minha mente e me fazendo pensar sobre eles. Mas não fiz disso um hábito como milhares já o fizeram, ainda estou vendo se ele serve pra mim. Até me espanto em ver que tenho seguidores…  Não sei o que fiz para consegui-los.  Aliás, esse negócio de me seguir pode ser uma cilada, viu… Sou louca pra me perder!

 

 

Bom dia, borboleta!

Concorda comigo se não é uma delícia acordar numa segundona, véspera de feriado, com um solzão todo arreganhado do lado de fora e um céu azul de fazer passarinho dar cambalhota no ar? Dias assim me deixam muito inspirada, com vontade de voltar à fazer minhas caminhadas diárias, ir ao mercado municipal de cesta e chapéu de palha e voltar repleta de coisinhas boas, de dançar na praça, de tomar sorvete de doce de leite e fazer mil planos para o resto da semana…

Então, o que é que estou fazendo aqui, na frente desse computador?